"O que faço vem primeiro do físico, de desenhar muito, o bom e o ruim, que instiga gestos e que imagina outros tantos desenhos, como uma conversa que segue. Vem também das experiências diárias, da observação de tudo e de todos e da minha postura diante das coisas. A base de tudo isto são as infâncias (de catador de coisas para transformar, de brincadeiras de rua, da vida em família, da religião, dos quadrinhos...), traduzidas no recipiente do corpo."

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Prólogo

Hoje ajunto linhas aos montes, porque ainda estou aqui e não me sinto e
vou criando pontes para não cair no abismo de cada parágrafo. Meus pés vão
se apoiando sempre na última linha, que se evapora rápido, e logo
preciso de outra.
Cada vez sou mais tênue e abstrato.
Quando seja somente pés, não desenharei mais,
os deixarei cair.

Nenhum comentário:

Postar um comentário